Aquela julieta..

Aquela julieta..

(*) Aquela “Julieta” armadilhou-me o coração
Numa inesquecível noite quente de verão
Onde trocamos loucos beijos de ardente paixão
Onde sem medos, desafiamos toda a nossa imaginação
Aquela “Julieta” prometeu-me dar-me o seu coração
Colocando apenas para isso, uma simples condição:
Eu teria que ama-lo até à minha inevitável extinção.
Então eu, sem nenhumas hesitações, aceitei a sua condição
E num verdadeiro Romeu ela, logo transformou-me então.

Hoje da “Julieta” só me resta uma maravilhosa recordação
O seu belo sorriso carregado, da mais irresistível sedução
E das suas doces palavras envoltas em carinho e ardente paixão.
Pois ela, nessa mesma noite se esfumou misteriosamente na escuridão
Desaparecendo sem dar-me sequer, o seu prometido coração
Deixando este infortunado Romeu, na mais profunda desolação.
E agora; 
Só me resta aos poucos tentar, desarmar este meu explosivo coração
Para ver; 
Se não corro risco de provocar uma enorme e devastadora explosão
Que irremediavelmente faria desaparecer, aquela inesquecível aparição
Que eu há muito guardo;
Daquela “Julieta” que numa noite quente de Verão…
Sem eu dar por isso, armadilhou-me para sempre, este errante coração.

*(Memorias de um marinheiro, encalhado na “Ilha da solidão” de apollo11)