Memórias...
Eu não sei como isso aconteceu, não sei como contar. Isso, eu diria, são memórias.
Memórias que machucam, que arde e que nunca curam, mas que eu enterro lá no fundo, esperando que um dia, um dia apenas,
elas sumam, se desfaçam, como se nunca tivessem sido minhas.
Talvez um dia eu as veja como pertencentes à algum estranho, alguém que anda na rua o qual eu vou entender as histórias.
Deitar no travesseiro e dormir, de cabeça leve, dormir sem pensar em nada é algo tão difícil.
fantasmas que você deixou pra trás, porque é mais fácil correr e se esconder do que ficar e enfrentar. Os fantasmas que você deixou pra trás não, só existe um fantasma, e é você. O lugar que você quis desocupar vai estar aqui, frio, esperando que outro sente nele e que um dia seja aquele que você falou que era o certo pra mim, porque este não é você, então por favor, não volte, eu estou a me acostumar com a presença do seu fantasma, ou a ausência de você. Veja isso como um ônibus, do qual você está no lado de fora enquanto ele parte e o lugar que outrora você ocupava está a espera de alguém melhor.
Achei que devia saber.